terça-feira, 26 de junho de 2012

Tristes e Pensativos

Tudo que é bom,
Quando chega ao fim,
Nos deixa tristes,
pensativos.
Sempre passa pela nossa cabeça,
os momentos felizes,
como se fosse um filme reprizado,
mas sabemos que assim
que o filme termina
é hora de levantar a cabeça novamente,
e seguir sempre em frente.
pois o passado só serve para ser recordado,
ou que seja melhor nem ser lembrado,
quando causa dor.
Estou até meio perdido em minhas palavras,
ja não consigo dar sentido a elas,
uma dor me corroe por dentro
e não sei como acaba com ela,
mas tentarei ser forte
o quanto eu resistir,
quando não mais aguentar,
deitarei no chão e direi apenas...
Adeus!  

                                   Thiago Carneiro

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem Sabe Um Dia


Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que

Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar

Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia

Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois

Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois

Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois

Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois

Viver primeiro, morrer depois
                                            Mario Quintana

sábado, 16 de junho de 2012

Ternura



Eu te peço perdão por te amar de repente

Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
                                                                                   Vinícius de Moraes